segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Outras notas de um mesmo tema...

A Dor de Ser

A dor de quem não sente dor
O medo de estar no meio do nada
Nadando em um oceano obscuro
A morte rondando o pensamento
Batendo na porta a cada momento
O vazio profundo chamando meu nome
O sabor amargo do antidepressivo
A cabeça voando na onda do calmante
O amante abatido na caça
O peso dormente da própria carcaça
Desgraça de vida insanamente maravilhosa
Maravilha de vida desgraçadamente insana
Que horas serão quando eu já não for?
Cadê você que prometeu me dar a mão?
Só sinto o vazio da sombra do abajur
E se tento fugir, sem saber de que,
Estou intrínsecamente preso em mim.

Crise

O peito me dói dormente
A mente me agride sem pena
Apenas quero não ser eu
Eu quero deixar tudo para trás
A paz de ser nada no mundo
Afundo a cabeça no peito
Aceito a dor que me inunda
Profunda vontade de gritar
Saltar do trem em movimento
No momento certo, incerto.

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