domingo, 11 de dezembro de 2011

Tua ausência

Hoje por algum motivo que não sei ao certo, o destino nos fez distantes...
E nossas palavras, tuas e minhas, não puderam bailar emparelhadas.
Fiquei na distância das horas, sem saber dos teus passos, do teu rastro
Enquanto longe e ausente, só pensava em querer querer-te, e queria.
No entanto, tua presença era apenas impulso de minhas memórias.
De resto, vazio. Cheio apenas o peito, que pulsava, impulsivo e ansioso,
pois queria-te minha. Não desejo a posse, desejo a poesia do passeio e
das mãos trançadas, das trocas de olhares, do sorriso pleno que me entorpece.
Querer-te é desejar partilhar as canções que me embalam, é abrir as comportas,
escancarar as janelas, é desarmar-me e deixar-me prender em teus braços,
em um abraço sem fim, nem começo, apenas um laço de afetos
que carregue por onde eu for. E neste cárcere de carinhos e carícias, ser prisioneiro,
perpétuo, condenado a amar-te.

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